Teias. Em toda parte, teias.
Fios com metros de comprimento. Tramas adesivas em que eu entro inteira.
Lá fora. Cá dentro. Redes invisíveis
entre selim e guidom,
entre telhado e arbusto.
Entre pia e espelho. De repente, um tênue véu
cobrindo a minha face; de súbito um bracelete brilhante
conjurado no braço nu.
Laboriosa aranha: Tenha a bondade de ir invernar.
Prece à Tecelã
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